O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (17) que não pretende apoiar nenhuma nova legislação sobre controle de armas, mesmo após o tiroteio ocorrido na Universidade Estadual da Flórida, em Tallahassee, que deixou dois mortos e cinco feridos, incluindo o próprio atirador.
Falando da Sala Oval, Trump classificou o incidente como uma “pena”, mas reforçou seu posicionamento em defesa irrestrita da Segunda Emenda da Constituição americana, que garante o direito ao porte de armas. “A arma não dispara sozinha, são as pessoas que puxam o gatilho”, declarou. “Tenho a obrigação de proteger a Segunda Emenda”, completou o presidente, que descreveu o ataque como “horrível”.
O atirador, um estudante de 20 anos da própria universidade, usou a arma de fogo pessoal da mãe — uma agente do Gabinete do Xerife do Condado de Leon. Ele foi atingido por policiais durante a operação de resposta e está entre os feridos. Ainda não foram divulgados detalhes sobre sua motivação.
O alerta de atirador ativo foi emitido por volta do meio-dia, e a universidade pediu que alunos e funcionários buscassem abrigo imediato, se afastando de portas e janelas. A situação foi considerada controlada cerca de três horas depois, com a “ameaça neutralizada”, segundo comunicado da instituição.
Durante o ataque, alunos e professores se esconderam em diferentes partes da associação estudantil, incluindo uma pista de boliche e até um elevador de carga. A polícia isolou a área e pediu que a população evitasse os locais ainda sob investigação.
A Universidade Estadual da Flórida (FSU) é uma das 12 instituições públicas de ensino superior do estado e conta com aproximadamente 44.300 estudantes. O campus principal, em Tallahassee, fica próximo ao Capitólio estadual.
Esse não foi o primeiro episódio de violência armada na FSU. Em 2014, a biblioteca principal da universidade também foi palco de um tiroteio que deixou três feridos. O autor dos disparos, Myron May, de 31 anos, foi morto pela polícia.
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