O Papa Francisco morreu nesta segunda-feira (21), aos 88 anos, apenas algumas horas após participar das celebrações do Domingo de Páscoa na Praça de São Pedro, no Vaticano. O pontífice surpreendeu os fiéis com sua presença, apesar do visível estado de debilidade e de recentes problemas de saúde.
Durante a tradicional bênção “Urbi et Orbi”, o Papa apareceu na sacada da Basílica de São Pedro e saudou os fiéis: “Caros irmãos e irmãs, boa Páscoa a todos”. Em seguida, passou a palavra ao cardeal Angelo Comastri, que leu a mensagem oficial preparada por Francisco. “Jesus está vivo, mas temos que procurá-lo, e por isso, não podemos ficar parados”, dizia o texto.
A presença do pontífice na celebração surpreendeu fiéis e religiosos, já que sua participação não estava confirmada. Francisco havia recebido alta médica no mês passado, após passar cinco semanas internado tratando uma pneumonia dupla. Os médicos haviam recomendado ao menos dois meses de repouso.
Foi a primeira vez, desde o início de seu pontificado em 2013, que o Papa faltou à maioria das cerimônias da Semana Santa. No sábado, ele não participou da vigília pascal, delegando suas funções litúrgicas a cardeais. Ainda assim, apareceu brevemente na Basílica de São Pedro para rezar e distribuir doces a crianças.
Em sua mensagem pascal, lida por Comastri, Francisco expressou preocupação com os conflitos armados e a situação humanitária global. “Faço um apelo aos beligerantes: cessem o fogo, libertem os reféns e ofereçam ajuda às pessoas famintas, que anseiam por um futuro de paz”, escreveu. Ele também alertou para o aumento do antissemitismo no mundo e denunciou “a dramática e desprezível situação humanitária” em diversas regiões afetadas pela guerra.
O Papa Francisco, que liderou a Igreja Católica por mais de uma década, será lembrado por seu compromisso com os pobres, seu esforço por reformas internas e sua postura firme diante das injustiças sociais e dos desafios do mundo moderno.
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